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quinta-feira, 21 de julho de 2011

O pecado e as batatas 0



Cinemática básica

Como podemos saber se algo está ou não em movimento? As primeiras aulas de Física no Ensino Médio têm a função de prover uma resposta adequada a esta pergunta. A professora diria:

- Precisamos de um referencial. Só podemos saber que um móvel está se movimentando quando comparado a outro.

Assim, se estou em um trem em movimento, estarei me movendo em relação ao pedestre na estação, mas estou em repouso em relação a outra pessoa dentro do mesmo trem.

Moralidade em movimento

Da mesma forma, como podemos saber se algo é moralmente certo ou errado? Também há a necessidade de uma referência fixa, a qual, por comparação, dirá facilmente o que é e o que não é conforme.

Mas precisamos eleger um referencial confiável. Se compararmos um ato nosso com o ato de outra pessoa, pode ser que ele seja bom, ou que ele seja mal. Talvez um ato seja bom dentro do mesmo grupo (assim como a relação de movimento de companheiros de viagem no trem), mas fora dele seja mau (em relação a uma pessoa que esteja na plataforma, no exemplo acima). E vice-versa.

O problema aumenta quanto maior for a amplitude da janela de tempo considerado. O que é moralmente certo hoje pode não ter sido há alguns séculos, assim como o que é errado agora pode ser o certo amanhã. É uma dificuldade de ordem tão vultosa quanto o número de opiniões que um ser humano pode ter, multiplicado pelos anos que a humanidade pisará este planeta.

Não dá pra negar o mal

Como diz Chesterton, em seu livro Ortodoxia, o pecado é um fato positivo tão real quanto as batatas. Está nas ruas, dentro das casas, dentro de nós mesmos. É inegável que há algo errado com nosso mundo. Sabemos que existem coisas más. Afirmar tal coisa, e de forma justificada, só é possível se um padrão moral absoluto existir. Muitos ateus e outros tipos de religiosos também reconhecem a maldade, mas não têm nenhum fundamento sólido sobre o qual podem construir sequer uma “barraca argumentativa”.

Pisando a areia fofa

É difícil manter uma discussão usando termos relativistas. Não há como afirmar nada com certeza; tudo é firme como areia movediça. E há tolos que são enganados e tropeçam nas suas próprias palavras, como, por exemplo, aqueles que defendem que tudo é relativo. Esta própria ideia deve ser considerada de forma absoluta, ou pode ser relativizada também? Se aquela for verdadeira, então nem tudo é relativo. Se a última é correta, então o relativismo está morto mesmo antes de nascer. É tudo tão óbvio que chega a ser irritante. A dificuldade na conversação reside na teimosia dos relativistas em desconstruir todos os conceitos que entrarem em pauta.

Uma rocha eterna

A Bíblia - Palavra de Deus - diz que existe um padrão fixo de referência. É em relação a este padrão que deve-se fazer comparações. Os nossos atos estão de acordo com o que Deus diz que devemos fazer? Se estão, então é certo. Se não estão, consequentemente é falso.

Nem todos aceitam a Bíblia como guia e regra de prática e fé. Preferem outros tipos de compêndios no qual se basear. Estes, feitos por outros homens, ou mesmo elaborado por si mesmo, ao seu bel-prazer. Nada novo, é claro, afinal, há muito tempo existem os que fazem o que parecia bem aos seus olhos (Juízes 17:6). Entretanto, como poderiam obrigar os outros a seguir o seu próprio manual? Que tipo de argumento poderiam eles usar? A resposta, é claro, é NENHUM TIPO DE ARGUMENTO.

Contudo, os crentes podem declarar que seguem os mandamentos daquele que criou céus e terra, e que tem todo o direito de legislar sobre a sua criação, e que todas as suas criaturas lhe devem obediência irrestrita. Estes mandamentos são tão sólidos quanto uma rocha, e tão eternos quanto o próprio Deus. E é por este padrão que todas as nossas ações e pensamentos são julgados.

A pergunta que fica

Quem pode ser considerado um indivíduo bom? Ah, talvez você seja melhor ou pior que o Adolf Hitler, melhor ou pior que a Madre Tereza... mas e fizermos a comparação com o Deus Todo-Poderoso, a Majestade Santa, Aquele que Jesus Cristo disse que é o único que é Bom? E Jesus lhe disse: Por que me chamas bom? Ninguém há bom senão um, que é Deus. (Marcos 10:18). Quem poderá, então, salvar-se?

A resposta que sobra

Para os homens é impossível, mas não para Deus, porque para Deus todas as coisas são possíveis. (Marcos 10:27). Inclusive trazer espíritos mortos à vida!


Série: Levando cativo todo o entendimento à obediência de Cristo.



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