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terça-feira, 11 de março de 2008

Quando destituímos Deus do seu papel 1



Quando destituímos Deus do seu papel
Quando destituímos Deus do seu papel de criador e mantenedor da vida, todo tipo de absurdo pode ser feito. O homem assume a tarefa de estipular o que é vida humana e quando ela começa ou termina. As implicações disto são aterradoras.

Se a liberação das pesquisas com células-tronco embrionárias (CTE) no Brasil for aprovada, o primeiro passo já terá sido dado. O homem terá definido o que é vida humana. Sendo que teremos este poder, nada impede que, cedo ou tarde, criemos outras definições para o que signifique ser uma pessoa.

Se um embrião fora do útero pode ser morto, nada impede que ele possa ser morto dentro dele também.
Se eu definir que vida humana começa com a atividade nervosa (lá pela 12ª, 13ª semana de gestação), eu posso definir que aqueles que vão nascer com problemas neurológicos (inclusive os anencéfalos, os com problemas de retardo mental, os com síndrome de Down) não são seres humanos, pois não terão condições de socializar, não vão acrescentar nada à sociedade, serão 'inviáveis' como seres humanos.
Se eu usar a idéia da dificuldade de socializar, eu posso querer evitar que bebês com algum tipo de deficiência, seja ela física ou mental, nasçam. Posso até mesmo pensar que bebês de famílias pobres, miseráveis, que não têm condições apropriadas de se sustentarem e se desenvolverem, podem não vir ao mundo também, pois serão existências sofridas. O aborto, nestes casos, seria uma atitude de misericórdia da nossa parte: estaremos evitando que estas pessoas sofram desnecessariamente.

Poderíamos alegar, inclusive, que isto diminuiria a criminalidade, a desigualdade social, o risco da propagação de doenças genéticas, o sofrimento desnecessário da família com parentes parcial ou completamente dependentes deles. Sobraria mais dinheiro para investir em pesquisa na saúde, já que não se gastaria tanto com pacientes que não são passíveis de cura. Os fins justificam os meios.

Enfim, todo o tipo de atrocidade poderá ser feito contra as pessoas a pretexto de estarmos fazendo bem à elas, pois se dirá que não existir é melhor do que existir sem qualidade. O aborto e a eutanásia serão comuns.

É claro que muita gente pensará que a ciência deve se desenvolver a qualquer custo, que a moralidade e a ética não se aplicam a ela. Os médicos e cientistas nazistas da 2ª Guerra Mundial pensavam da mesma forma. Muita gente diz que devemos ser racionais, e não ser fundamentalistas religiosos. O que eles não vêem é que a tal racionalidade deles está retirando o que nos diferencia dos animais: a própria racionalidade humana. Estamos deixando de ser humanos. Somos pedaços de carne. Como os zumbis, mortos-vivos, representados no cinema, que precisam sobreviver a qualquer custo, mesmo ao custo de destruir tudo e todos que estão à sua volta.

comment 1 comentário(s):

Lucas Parisi on 18 de março de 2008 às 17:54 disse...

Felicidades...

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